Bancada evangélica reage contra Carvalho e nomeação da ministra pró-aborto
Parlamentares da bancada evangélica encabeçados pelo senador Magno Malta (PR-ES) decidiram ingressar com uma ação na Justiça contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Na mesma ocasião, se manifestram contra a nomeação da ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci.
Magno Malta reuniu-se nesta terça-feira em Brasília com as lideranças para tratar da questão das declarações de Carvalho que havia afirmado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre que os evangélicos "têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão".
Os presentes na reunião ainda protestaram contra a escolha da nova ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci que já expressou claramente sua opinião a favor do aborto. Além disso, ela classificou a questão como de “saúde pública”. Os parlamentares decidiram organizar uma “marcha em favor da vida” em Brasília.
Sem ameaçar diretamente o governo, os deputados enfatizaram que poderão retaliar o governo nas eleições municipais. Dilma Rousseff, durante a campanha eleitoral, firmou um compromisso com a bancada evangélica de não alterar a legislação que proíbe o aborto no País.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) falou na ocasião que a frente evangélica se manifestará tanto contra as declarações Gilberto Carvalho quanto contra posição da ministra da Secretaria de Política para as Mulheres.
Um dos fatos que mais indignaram os parlamentares presentes foi o de que Eleonora revelou em um depoimento a uma pesquisadora de ciências sociais há oito anos que, após fundar a entidade Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde fez um “curso de aborto” na Colômbia. Em nota, a ministra negou o fato dizendo que nunca esteve na Colômbia.
"Ela (Eleonora Menicucci) acabou de assumir e já deu oportunidade de nos prepararmos para suportar o chumbo grosso que vem por aí", disse o senador Magno Malta.
Lembrando que os evangélicos representam cerca de 30% do eleitorado brasileiro, Cunha também avisou: "vamos criticar a ministra e ficar vigilantes".
A bancada evangélica, também chamada de Frente da Família é integrada por 400 deputados e 70 senadores de várias religiões.
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