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Vida de Louvor - Parte I




Salmos

Acompanhe aqui um dos estudos bíblicos dados por Ana Paula Valadão Bessa durante a Conferência “Tocando a Trombeta”, no Japão.

Hoje veremos um pouco sobre o que é vida de louvor, ou seja, vida de gratidão e adoração a Deus. É do meu entendimento que o meu louvor não se restringe a um momento quando eu canto ou toco o meu instrumento. Meu louvor a Deus não está limitado aos momentos que chamamos de “culto”, com outros irmãos ou a sós. Meu louvor a Deus é um estilo de vida.A palavra “louvor” na Bíblia é halal, que significa exaltar, louvar, vangloriar. Ela possui termos derivados, como hillûl – júbilo festivo, exultação, canções de louvor, festas; mahalal – louvor; e tehillâ – louvor, atos dignos de louvor. Possui ainda sinônimos, como yadâ – louvar, dar graças; ranan – cantar ou gritar de júbilo; shîr – cantar louvores; barak – louvar, bendizer; gadal – engrandecer; rum – exaltar; zamar – cantar, tocar, louvar. Possui cognatos, ou seja, palavras de mesma origem, como alalu – gritar, vangloriar-se; sululu – saudar, aclamar, gritar, demonstrar alegria. Essa raiz em estudo, halal, ocorre 206 vezes somente no Antigo Testamento.Mas o uso mais freqüente dessa raiz diz respeito ao Deus de Israel. Quase um terço destas passagens acontece nos salmos e o maior número de ocorrências traz convocações, imperativos ao louvor. Na verdade, elas enfatizam a necessidade do louvor a Deus. O culto a Deus era o centro da vida do povo de Israel e estava fortemente ligado à vida e influência de Davi, o Rei amado.Convocações da Bíblia para que louvemos a DeusA Bíblia nos convoca a louvar a Deus continuamente, em todo o tempo: Salmos 34.1,2; 35.28; 71.8; 44.8; 63.4,5; 115.18; 119.164 (7 vezes, o que significa uma conta completa. Ele louva a Deus todo dia); 145.1-3; 146.1,2; Hebreus 13.15. Mas como fazer para louvar a Deus continuamente? Posso estar sempre cantando, ou assoviando, ou cantando em minha mente e coração. Posso sempre abrir a minha boca em minhas conversas para dar glória a Deus. Ou ainda, posso ter sempre uma atitude de louvor a Deus no meu interior, que é o oposto de um coração endurecido, cheio de críticas, reclamações e murmurações.A Bíblia nos convoca a louvar a Deus de dia: I Crônicas 23.30a (Davi instituiu 400 levitas para louvarem a Deus todas as manhãs com seus instrumentos e seu canto. Eles cantavam coisas do tipo: “O Senhor é bom e a sua misericórdia dura para sempre”); Salmos 35.28; 92.1,2; 113.1-3. Nos convida ainda para louvar a Deus de noite: Salmos 42.8; 63.6,7; 119.62; 134.1 (os adoradores, ao se despedirem, responsabilizaram os levitas por continuarem o louvor ao Senhor no decurso da noite – I Crônicas 9.33).A Bíblia nos convoca, ainda, a louvar a Deus por quem Ele é: Salmos 18.1,2; 22.3; 45.1,2; 48.1; 95.1-3; 96.4; 104.1; 107.1. Nos chama a louvar a Deus por seus poderosos feitos: Salmos 8.1; 9.1; 20.5; 30.1; 40.1-3; 66.1-3; 71.15; 98.1; 101.1; 106.1,2; 118.15; 150.2. Nos convoca a louvar porque é bom e agradável: Salmos 33.1; 54.6; 92.1; 147.1. Nos estimula a louvar a Deus no meio do seu povo e também entre os “gentios”, ou seja, os incrédulos: Salmos 18.49; 22.22-25; 34.2,3; 35.18; 40.3; 57.9-11; 96.1-3; 105.1,2; 111.1; 138.1. Há ainda várias referências que nos estimulam a louvar a Deus com instrumentos, com nosso corpo, vozes e vidas; no seu templo (ou santuário), porque ali era o lugar de adoração contínua; enfim, chama TODOS a louvarem ao Senhor.A palavra “adoração”, no Velho Testamento, é ’ãbad, que significa fazer (ou ser feito), criar (ou ser criado), executar (ou ser executado). Possui alguns termos derivados, mas no que se refere à vida de louvor, vemos que o sentido básico desta raiz se refere ao cumprimento de um dever ou atividade. Em Esdras 6.7 todo o povo foi conclamado a “fazer”. Entende-se isso por “obedecer”. Fazer a lei de Deus está intimamente associado à idéia de “adoração”, à qual, conforme entendida no pensamento judaico, era “serviço” ou “escravidão” a Deus. Aliás, esta idéia continuou de pé até a época do NT, conforme claramente se vê nas inúmeras vezes em que Paulo se refere a si mesmo como o “escravo” ou “servo” de Jesus Cristo.

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