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Vietnã: 40 anos depois, 'menina do Napalm' conta como se tornou Cristã evangélica


A guerra do Vietnã ainda é lembrada por uma foto que mostra o horror vivido por moradores da aldeia vietnamita Trang Bang - Vietnã.

Em junho de 1972, há 40 anos, uma menina correndo nua pela rua, chorando e sentindo dor pelas queimaduras que sofreu durante o bombardeio aéreo feito pelos Estados Unidos.

Kim Phuc, a menina da foto que na época tinha 9 anos, corria com a gasolina ainda em sua pele, formando queimaduras de terceiro grau. Após 14 meses de internação e 17 cirurgias, Kim voltou para casa, na esperança de ter uma vida normal.

Em uma entrevista concedida ao jornal Faiyh Today, Kim disse que voltou a estudar e em 1982 foi aceita no curso de medicina, mas foi impedida de continuar os estudos pelo governo do Vietnã por ser um “Símbolo nacional de guerra”. Durante anos ela tentou se livrar das lembranças, mas o governo a usava para mostrar os fatos da guerra.

Ela comenta que se questionou por muito tempo, “Por que eu? Por que isso aconteceu comigo?”, questionava a jovem. “Eu estava vivendo com raiva, com rancor, e eu ia minha vida como um fardo. Eu odiava minha vida. Eu não queria mais viver”, revelou Kin segundo publicação Faith today 2007.

Devido a impossibilidade de estudar, Kim passou a frequentar uma biblioteca onde encontrou uma Bíblia, "Eu não conseguia parar de ler", disse ela na mesma entrevista.

Sua curiosidade a levou à igreja, onde ouviu sobre o Evangelho pela primeira vez. "O amor de Deus mudou a minha vida. Eu sabia que Jesus morreu na cruz para pagar pelos meus pecados. Então eu perguntei a Deus: 'Você me perdoa?'”.


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Kim comentou que a partir daquele momento seu grito não era mais, "Por quê eu?" mas, "Por favor me ajude".

"Minha vida é como uma xícara de café. Muito escura: com ódio, raiva, amargura, tristeza". Depois de ler a Bíblia, ela relatou que perguntou a Deus: "Como posso limpar tudo no meu coração, se ele é cheio de café?

Ela explicou que a transformação foi quando deixou o seu cálice ser derramado todos os dias, "até que se tornou vazio e Deus derramou seu amor em meu copo".

Atualmente Kim é casada e mãe de dois filhos, vive com sua família no Canadá, e é membro de uma igreja Batista. Como um vaso transbordante de amor peles pessoas, Kim diz que recebeu dons espirituais, paz, sabedoria, paciência, compaixão.

Há 15 anos ela é embaixadora da Boa Vontade da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

O perdão

Segundo o jornal “Crónica Cristã” de Minnesota, em 1996 Kim Phuc foi convidada a proferir uma palestra em Washington, no Memorial dos Veteranos do Vietnam.

No discurso ela afirmou que perdoaria o piloto que lhe infligiu tamanho dano, se um dia eles se encontrassem.

O homem a quem ela se referia era John Plummer. Ele julgava que não havia civis na aldeia, por isso ordenou o ataque. Sabendo que Kim estaria palestrando, John foi ouví-la.

No fim da cerimônia, encontraram-se. Naquele momento, John Plummer, constrangido, apenas repetia: “Perdoe-me, eu sinto muito”. Kim Phuc fitou-o por momentos e respondeu: “Tudo bem, está perdoado”.

Fonte: TheChristianPost

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